24 de março – Dia Mundial de Combate à Tuberculose

O Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, comemorado em 24 de março, é uma oportunidade para ampliar a conscientização sobre o problema que a tuberculose representa em todo o mundo, bem como refletir as ações de prevenção e assistência à doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10,4 milhões de pessoas ficaram doentes com tuberculose em 2015, e 1,8 milhão morreram da doença (incluindo 0,4 milhões entre pessoas com HIV). Deste total, mais de 95% das mortes por tuberculose ocorreram em países de baixa e média renda. 

O Brasil ocupa o 18º lugar entre os 22 países com alta carga da doença, responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo, segundo o último relatório da OMS. Foram notificados 67 mil novos casos de tuberculose no país em 2015, ano em que foram registradas 4,6 mil mortes em decorrência da doença. 

Em Santa Catarina, dados preliminares apontam que, em 2015, foram diagnosticados 1.826 novos casos de tuberculose, dos quais 1.240 (70,5%) foram curados. Esta proporção de cura está abaixo do parâmetro preconizado pelo Ministério da Saúde, que é curar, pelo menos, 85% de todos os casos novos.

Em Luiz Alves, o número de casos é considerado pequeno em 2015 e 2016 foram diagnosticados apenas um caso em cada ano, porém “a luta dos profissionais de saúde para detectar novos casos e posteriormente manter o paciente em tratamento tem sido constante, caso contrário poderíamos correr o risco de um aumento do número de casos em nosso município” relata a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica Roseleti Martendal.

Quando é detectado um novo caso, é fornecido imediatamente à pessoa os medicamentos para início do tratamento, que é acompanhada pela equipe de saúde de sua comunidade, posteriormente a pessoa é encaminhada para acompanhamento, conforme recomendação médica no Centro de Saúde Américo Luciani, através do Programa de Tuberculose do município coordenado pela Enfermeira Karin Lanza. A partir do momento do início do tratamento a pessoa é acompanhada, recebe todos os medicamentos, realiza exames como raio-x, prova tuberculínica e baciloscopia, para verificar a eficácia do tratamento. A enfermeira destaca que “é comum a pessoa, após o início do tratamento, ter uma melhora dos sintomas e pensar que curada, porém isso é uma inverdade, durante todas as consultas a pessoa é orientada de que o tratamento é de no mínimo seis meses com a tomada dária correta, caso contrário, ela irá desenvolver novamente os sintomas e o bacilo poderá ficar mais resistente, o que implica em um tratamento mais longo, medicamentos mais potentes que podem causar reações adversas”.

Durante o decorrer da semana estarão sendo realizadas capacitações com os profissionais da equipe de saúde através de parceria com o Telessaúde de Santa Catarina, para reforçar e proporcionar novas informações referente a doença. Serão entregues aos usuários folders informativos sobre a doença, seus sintomas, formas de transmissão, prevenção e tratamento. 

Essas ações se fazem necessárias para conscientizar e relembrar o profissional do quão importante é o seu trabalho para que consigamos manter baixos o número de novos casos em nosso município e proporcionar mais informações aos usuários sobre esta patologia. 

Em nível nacional, o Ministério da Saúde está elaborando o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose. O documento irá definir os indicadores utilizados para monitorar as ações empregadas por estados e municípios na rede de atenção à saúde. Em 2015, o Brasil aderiu ao compromisso global de redução de 95% dos óbitos e 90% do coeficiente de incidência da doença até 2035. 

 

Referências

Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina – www.dive.sc.gov.br/tuberculose

Portal da Saúde – www.saude.gov.br

 

 

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